sábado, 25 de fevereiro de 2012

NOSSA FÉ!

Enquanto a nossa fé falha... Deus não!

Nossa fé, como a de Abrão, falhará. Mas a verdade abençoada da Palavra de Deus é que, enquanto nossa fé falha, Deus não. Abrão preferiu duvidar da presença e do poder de Deus diante da fome. Suas atitudes foram tais que mostraram que ele estava disposto a sacrificar seus princípios pela autopreservação. A despeito do fracasso da fé de Abrão, Deus o preservou e até o fez prosperar. Finalmente, Deus trouxe Abrão ao lugar onde ele deveria ficar.

Este princípio da fidelidade de Deus diante dos nossos fracassos também é aplicado a nós hoje: “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” (II Timóteo 2:13)

Eis a beleza da eleição divina. Deus afinal nos escolheu para sermos Seus filhos. (Isto se aplica, é claro, apenas àqueles que crêem em Cristo para a salvação eterna). Da mesma forma que Ele nos salvou apesar de nós mesmos, da mesma forma Ele nos santifica, apesar de nós mesmos. Nossa segurança eterna, nossa santificação, repousam na Sua fidelidade, não na nossa. Eis um grande conforto para aqueles cuja fé falhará.

Mas alguém está certo ao apontar o verso anterior de II Tm. 2:13: “se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará.” (II Tm. 2:12)

Há uma grande diferença entre dúvida (falta de fé) e negação (rejeição). Abrão não rejeitou a Deus; em simplesmente falhou em crer que Deus fosse capaz ou estivesse disposto a agir em seu benefício. Sem dúvida Abrão pensava que Deus somente “ajudava a quem se ajudava”.

Meu entendimento é que os verdadeiros cristãos não podem e nunca poderão renunciar a Jesus Cristo como seu Salvador. Mas teremos épocas em que nossa fé sucumbirá à dúvida. Provações, sofrimentos e adversidades podem, momentaneamente, sobrepujar nossa fé e nos causar dúvidas, e nos fazer agir contra a vontade revelada de Deus. Esse, creio, foi o caso de Abrão.

Com isso não quero dizer para levarmos essa questão do fracasso levianamente. Quando os homens não agem de acordo com a vontade revelada de Deus propositadamente, os Seus propósitos não são demovidos. Deus age providencialmente para assegurar o cumprimento de Seus propósitos. Ainda que possamos nos encontrar exatamente onde Deus nos queria desde o princípio (providencialmente), nunca olharemos para os pecados e a falta de fé passados com um sorriso nos lábios. A desobediência jamais é um deleite para o cristão. O dote de Faraó não valia aquelas longas noites solitárias na casa de Abrão. O fracasso é sempre penoso, mas nunca demove os propósitos de Deus para Seus filhos.

Possa Deus usar esta verdade para nos afastar de um cristianismo negligente, tanto qto para nos confortar quando experimentarmos o fracasso de nossa fé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário